domingo, 26 de setembro de 2010

Hippo Pizza - um lugar diferente!

Assis pode ser sim uma caixinha de surpresas. Quando você pensa que tudo está perdido, que não existe nada além de botecos, grills e barzinhos totalmente comuns, quando você está cansado dos mesmos lugares, das mesmas pessoas e quer dar um toque de sofisticação ao seu fim de semana, não pense que tudo está acabado.

O Hippo Pizza surgiu como um conceito totalmente novo em Assis. Quem já foi ao Hippo Pizza e em pelo menos uma das pizzarias da cidade sabe do que eu estou falando. Mas sempre quando saio para um lugar diferente gosto de perceber como o lugar foi concebido, desde o cardápio, até a decoração, atendimento. Tudo isso pode ser um diferencial. E em Assis as vezes falta tudo isso de uma vez (na maioria dos lugares) e quando se vai a um lugar que seja um pouco diferente do padrão é praticamente um milagre.

O Hippo Pizza não é só mais uma pizzaria entre tantas que temos na cidade. É um lugar diferenciado. Começando com o próprio estilo do restaurante. Em Assis existe um padrão de bares e restaurantes. Geralmente o cardápio é aquela coisa ridícula patrocinada pela Conti, com folhas sulfite muito mal plastificadas, cheio de propaganda e anúncios do comércio local. As opções do cardápio também não costumam variar de um lugar para o outro, as mesmas porções, os mesmos filés, as mesmas cervejas, o mesmo tudo. A decoração é outra coisa que deixa muito a desejar. As cadeiras também são da Conti, isso quando não são de plástico, ai é uma tristeza (não tenho nada contra a Conti, muito pelo contrário, só acho que esse padrão acaba tirando a particularidade de cada local). A música? Sertanejo, sempre. As vezes tem uma televisão ou um telão, com sertanejo, é claro.

Isso me deixa muito irritada na maioria dos lugares que vou em Assis. Pra que ir a lugares diferentes se todos são praticamente a mesma coisa, não é?
É justamente aí que o Hippo Pizza se destaca. Não segue esse padrão assisense, que uma hora ou outra, convenhamos, cansa. Não estou falando que um lugar precisa ser chique para ser bom. Para ser bom é necessário ter bom gosto, ter sensibilidade, coisa que falta e muito para os bares e restaurantes de Assis.

No Hippo Pizza quase tudo é diferente (também não dá para ser perfeito). O local é agradável, sem ter aquele padrão super chato e monótono da maioria dos lugares. A decoração é muito bem feita, o que me faz lembrar diversos lugares de São Paulo ou de cidades grandes. O ambiente é meio rústico, com uma luz um pouco mais baixa e muito confortável. Na parede têm alguns quadros muito legais e de muito bom gosto. O cardápio merece uma atenção especial. Foi o que mais me chamou atenção no restaurante e me lembra muito o cardápio do Outback, um lugar que adoro.

Há uma variedade imensa de pizzas (das mais tradicionais até algumas bem diferentes), massas e porções. No entanto, o que percebi em algumas vezes que fui ao restaurante é o que o prato da casa, sem dúvida nenhuma, é o Hippo Wings. O Hippo Wings vem em porção de 6 ou 12 unidades de asinha e coxinha de frango, temperadas com um molho especial de mel e pimenta, que você pode deixar ainda mais picante pedindo a versão hot (mas para mim a normal já é picante o suficiente). Essa porção também acompanha cenouras e molho ranch (se eu não me engano). E novamente mais uma semelhança com o Outback, onde é servido uma porção de franguinhos apimentados também (o kookaburra wings). Não que isso seja ruim, é ótimo. Adoro o estilo de comida do Outback, o que me deixou muito feliz quando encontrei algo um pouco parecido em Assis.

A única coisa que me desagradou no Hippo Pizza foi o atendimento. Os garçons não são tão bem preparados e um pouco desorganizados. Mas serei otimista e acredito que isso vá melhorar. Como disse lá em cima, não dá para ser perfeito.
Minha sugestão? Quando for, peça uma pizza (da última vez pedi metade tomate seco com rúcula metade lombinho com catupiry - o catupiry é catupiry mesmo, não mingau com queijo!) e uma porção dos deliciosos Hippo Wings, sem esquecer é claro do chopp Brahma Black, o único lugar que fui em Assis e encontrei para tomar.

Infelizmente o Hippo Pizza não possui site, pelo menos eu não encontrei nas minhas pesquisas. Então vou deixar o endereço e o telefone caso alguém se interesse. Eles também fazem entregas, o que é ótimo!

O restaurante não é tão caro, é acessível e vale muito a pena ir.

Logo mais farei um novo post da rede Hippo que agora está maior. Agora também temos o Hippo Grill, mais um lugar excelente em Assis, minha gente!

Peço desculpas pela falta de atualizações. Prometo que atualizarei com mais freqüência e obrigada a todos pelas visitas. Levei um susto quando vi que passamos de mais de 1900 visitas mesmo sem posts novos. Obrigada mesmo!

Endereço:

Rua José Nogueira Marmontel, 111 - Assis/SP
Telefone: 18 3324- 3393

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vem ai a Virada Cultural Paulista - Circuito Assis

A FAC - Fundação Assisense de Cultura divulgou as atrações para a Virada Cultural Paulista que acontecerá nos dias 22 e 23 de maio, em Assis. Serão 28 apresentações de música, teatro, dança, cinema, literatura e diversas outras artes. 

Vamos à programação então:
18h - Abertura Oficial com o espetáculo As Meninas - Teatro Municipal 
18h30 - DJ Mok - Palco Externo - Estação Parada das Artes
19h - Intervenção de Grafiti com o artista Jey - ao lado do palco externo - Estação das Artes
19h30 - Grupo Rádio Táxi - Palco Externo - Estação Parada das Artes
20h - Abertura da Exposição "Um Acervo em Preto e Branco" - artes visuais que ficará exposto até 22 junho - Memorial Rezende Barbosa
20h - Malabaris é Fogo! - Irmãos Becker - em frente ao teatro
20h30 - Cordeiro - Cia Artesãos do Corpo - teatro
20h30 - Cortejo de Maracatu - Mergulhatu - cultura popular - em frente ao palco externo
21h - Ed Vocat & Blues Rock de Velho - palco externo - Estação Parada das Artes
21h30 - Malabaris de Luz - Irmãos Becker - em frente ao teatro
22h - Cortejo de Maracatu - Mergulhatu - em frente ao palco externo
22h30 - Dona Gafi - palco externo - Estação Paradas das Artes
23h30 - Cortejo de Maracatu - Mergulhatu - em frente ao palco externo
23h30 - Malabaris é Fogo! - Irmãos Becker - em frente ao teatro
0h - Toquinho - palco Estação Parada das Artes
0h30 - Kid Vinil Xperience - teatro
1h30 - Dj Mok - palco externo - Estação Parada das Artes
2h - Besteiras à Parte - Felipe Hamachi, Gust Fernandes e Fabiano Cambota - teatro
2h - Atividade Paranormal - cinema FAC

9h30 - Orquestra Jovem de Câmara de Araçatuba - catedral
10h30 - A menina e o Menino - Trupe Kei - teatro
12h - Os Mosconautas no Mundo da Lua - cinema
12h30 - Brincadeiras - Cia Texc - em frente ao teatro
13h - Filhos da Terra - Corpo de Baile de Caraguatatuba - teatro
13h30 - Felinos Adestrados - Rodolfo Thomazini - estação
14h - Chacal - sarau literário - Centro Cultural Dona Pimpa
14h - Grupo de Percussão Batucada - Estação
15h - Felinos Adestrados - Rodolfo Thomazini - frente ao palco da Estação
15h - As Choronas - teatro
15h30 - Beatles 4 Ever - Estação
16h - Brincadeiras - Cia Texc - em frente ao teatro
16h30 - Chico Pinheiro - teatro
16h30 - Felinos Adestrados - Rodolfo Thomazini - Estação
17h - Encerramento com CPM - 22 - Estação

Minha opinião sobre a programação da Virada? Poderia ser mais variada, poderia ser melhor. Mas é o que temos, não? Atrações de nome temos algumas Toquinho , Kid Vinil, Rádio Táxi, CPM 22 e outras( apesar que tenho lá minhas dúvidas se CPM 22 é uma atração, enfim).


Comparada com a Virada Cultural do ano passado, a virada deste ano está bem menos variada e sem grandes atrações. Ano passado a Virada contou com Tetê Espíndola, Falamansa, Trio Virgulino, Ulisses Rocha, Beto Guedes, entre outros. Achei a programação muito extensa e repetitiva em relação ao ano passado. Encher horários com os mesmos artistas que já terão se apresentado diversas vezes pode tornar o circuito pra lá de cansativo.

Mas essas são minhas considerações pré Virada. Vamos ver como será de fato. Semana que vem estarei em São Paulo para acompanhar a Virada por lá. Confesso que estou ansiosa, mas com um certo medinho. Não tenho boas lembranças da única Virada que fui. A fatídica Virada da confusão no show dos Racionais, tiros, polícia, foi uma muvuca..rs. Mas acho que agora a coisa está mais organizada. 

Peço desculpas pelo meu afastamento do blog. Podem me xingar de blogueira irresponsável, não vou achar ruim. O blog realmente estava jogado as moscas, as traças, aos urubus. Uma judiação só. Mas agora estou de volta!

Aguardem os novos posts e façam desse blog um grande guia sobre Assis!

Mais informações sobre a Virada Cultural Paulista: Secretaria de Cultura

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Oásis no meio do deserto

Quando cheguei em Assis, uma dos primeiros pensamentos que tive após longas caminhadas em baixo do sol foi: cadê as árvores? Não tem verde nessa cidade? O único verde que tinha visto até então eram as inúmeras árvores da faculdade, um lugar muito bonito e relaxante. Mas nas ruas, no centro, nas grandes avenidas, nada de árvore. E olha que em Assis um pouquinho de verde seria muito interessante, afinal só quem mora por aqui saber o calor de rachar a cuca que faz.

No centro, principalmente na Av. Rui Barbosa, encontrar alguma árvore é praticamente impossível. Talvez tenha uma ou duas no máximo. Voltar da faculdade então é quase um tormento, meia hora de caminhada em pleno sol escaldante. Árvores para refrescar? Talvez uma ou duas também. O jeito é ir se esquivando do sol e buscar cada sombrinha que aparece para aliviar um pouco.

Mas eis que durante as minhas caminhadas para conhecer melhor a cidade descubro um oásis no meio do deserto. Um concentrado de área verde muito relaxante, bom para praticar exercício físico, caminhar, ou até mesmo sentar em um banquinho e jogar conversa fora. Um dos meus lugares favoritos aqui de Assis é o Parque Buracão e é dele que falarei nesse post.

O Parque Buracão na verdade surgiu ao acaso. Era uma enorme erosão no meio da cidade que atormentava a população local e os governantes. Essa erosão a cada ano aumentava de tamanho. Era um local muito sujo, que abrigava diversos animais e insetos que transmitiam diversas doenças para as pessoas.

Em 1951, o agrimensor Amarílio Ribeiro propôs transformar a grande cratera em um parque. No entanto, o Parque Buracão só ficou definitivamente pronto como nós conhecemos em meados dos anos de 1990.

O parque Buracão conta com quadras para a prática de esportes, pista para caminhada, parque para crianças, orquidário e banheiros. No parque também é possível encontrar o MAPA- Museu de Arte Primitiva de Assis "José Nazareno Mimessi", mas desse falarei mais tarde.

Fotos do Parque Buracão:
















Fonte: A Revolução Verde em Assis

Continuem votando na enquete para ter o lugar favorito de vocês aqui no blog. Sugestões nos comentários também são bem vindas e assim que possível atenderei a todas. Obrigada pelas visitas e comentários =)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nada melhor no verão do que um....

Sorvete!

E não é qualquer sorvete não. É o senhor sorvete. Com uma consistência incrível, levinho, doce na medida certa e muito refrescante.

Hoje vou falar de uma das minhas paixões em Assis, a Sorveteria A Cristal.

A Cristal é uma sorveteria tradicional em Assis que foi aberta em 1972 pelo avô do Guto, que aprendeu a base principal do sorvete na cidade de Montes Claro e trouxe então o sorvete para a cidade. A Cristal foi a primeira sorveteria de Assis, antes os sorvetes eram feitos em armazéns e comercializados lá mesmo. Após uma reforma a Cristal voltou de cara nova e a todo o vapor e agora é comandada pelo próprio Guto e pelo tio dele.

Mesmo morando em São Paulo e já ter ido a diversas sorveterias por lá, a Cristal foi realmente um achado em Assis. A principal característica da sorveteria é a simplicidade, que aliada à qualidade fazem do sorvete um ponto turístico na cidade.

Nada melhor do que ir ou voltar do centro num dia de sol escaldante e passar na Cristal para tomar um delicioso sorvete de coco queimado, gengibre, goiaba, pistache, laranja, chocolate. E a lista não pára, adoro todos os sorvetes de lá e fica difícil escolher um favorito, mas como sou uma pessoa de tempos, meu sorvete do momento é o de coco queimado, que para mim tem um gostinho de infância.

Além do cardápio com 24 sorvetes, a Cristal se destaca por ser um dos únicos lugares aqui em Assis onde a educação também se torna um diferencial, coisa que não deveria acontecer. Em Assis é difícil se encontrar um lugar onde somos recebidos com um sorriso e de braços abertos, um dos poucos lugares que me sinto a vontade, respeitada e plenamente satisfeita com o atendimento é na Cristal. Logo que se chega para tomar um sorvete somos recepcionados pelo Guto ou pelo tio dele, sempre muito bem educados, simpáticos e divertidos, prontos para nos atender com toda a educação que se deve ter com um cliente. É meus amigos, infelizmente isso é raro em Assis e me orgulho da Cristal por esse e outros motivos.

E por fim, além de todas as qualidades da Cristal ditas a cima, o sorvete é maravilhoso e com um preço super agradável. Uma bola de sorvete sai por R$ 1,25. Pode-se acrescentar cobertura de chocolate, por um precinho baixo e tomar o sorvete em copo plástico ou na casquinha. Há a possibilidade também de se levar o sorvete para casa, na opção de 6 ou 12 bolas.

Queria agradecer ao Guto que foi muito educado e me contou um pouquinho sobre a história da Cristal e me emprestou uma foto para eu colocar aqui no blog.

Essa é a dica de hoje, agora vocês já sabem onde podem encontrar um sorvete artesanal e maravilhoso. E eu logo logo volto para tomar mais uma bolinha.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fundação e Desenvolvimento de Assis - Como tudo começou!

Em 1885, José Teodoro da Fonseca chegou a região de Assis, mais conhecida como o Sertão do Paranapanema, onde registrou o título de ocupação da área. Muitas das terras eram ocupadas pelos índios Kaigang e foram divididas e vendidas a outras pessoas, uma delas era o Capitão Francisco de Assis Nogueira, que em 1° de julho ( data de aniversário da cidade) doou oitenta alqueires de terras desmembradas da fazenda Taquaral para a construção de uma capela.

A partir daí surgiram as primeiras casas que deram início a um pequeno povoado, que em homenagem ao Capitão Franciso Nogueira de Assis e São Francisco de Assis, recebeu o nome de Assis. Mas o pequeno vilarejo só tomou um impulso no seu desenvolvimento em 1913, quando os primeiros trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana chegeram a cidade. Desde então, o pequeno povoado de economia basicamente rural se beneficiou com as atividades comercias ali empreendidas, como padarias, armazéns, serrarias, olarias, açougues e outros. Foi em 1913 que a cidade de Assis recebeu sua primeira fármacia e o primeiro médico, o Dr. José Vieira da Cunha e Silva ( daí o nome da Rua JV da Cunha e Silva).

Em 1914 chega então a Estrada de Ferro Sorocabana, grande responsável pelo desenvolvimento do povoado, que abriu caminhos para o café e fez da cidade de Assis o ponto de convergência de toda a região e base para a colonização do norte do Paraná. Assis tornou-se então ponto de referência regional do Vale do Paranapanema. Com a chegada dos imigrantes italianos, alemães e libaneses na região, Assis foi elevada a condição de município três anos depois.

Hoje o município de Assis tem 95.703 habitantes, de acordo com IBGE/2006 e é favorecido por ter uma economia diversificada, nas áreas da agricultura, comércio e prestação de serviços, e ainda desponta como grande centro educacional e tecnológico na região do Médio Paranapanema.

Abaixo fotos de Assis durante sua fundação e desenvolvimento:


Casa de Taipa




Colocação dos dormentes



Av. Rui Barbosa em 1933




Catedral em 1933


Fonte: Prefeitura de Assis

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Hoje o dia amanheceu mais triste

Prometi escrever sobre a história de Assis no post de hoje, mas não podia deixar de escrever sobre duas pessoas muito especiais na minha vida e na vida de muitas pessoas. Ontem no começo da noite faleceu Tadeu Nogueira, namorado de uma amiga muito importante de São Paulo, a Bruna (Pitty). O Tadeu tinha um linfoma não hodking difuso de grandes células B e por mais de um ano lutou bravamente para vencer o câncer, mas infelizmente ontem ele não resistiu a todo sofrimento e dor pelo qual estava passando.

Conheci a Bru na época do colégio, faz um bom tempinho já e sempre soube que seria uma pessoa especial para sempre. Um pouco depois que nos conhecemos lembro que ela começou a namorar com o Tadeu, estava feliz da vida. Era uma menina e ao lado dele amadureceu muito, se tornou uma mulher linda e forte, dedicando a sua vida a ajudá-lo.

Quando vim morar em Assis perdi um pouco de contato com a Bruna e com o Tadeu, mas eles são pessoas que estavam no meu coração sempre, pessoas alegres, divertidas, um lindo casal. Por causa da distância, acompanhava a história do Tadeu através de um blog, o Linfoma Emocional, que a Bru dedicou totalmente ao Tadeu, onde explicava mais sobre o linfoma não hodking e contava a jornada do namorado para combater o câncer.

O post de hoje será curtinnho porque estou triste e sem muitas idéias. Mas logo escreverei sobre a fundação de Assis. Queria poder estar com a Bru nesse momento tão doloroso, dar um abraço apertado. Não posso nem imaginar a dor que é perder quem se ama, mas o que posso dizer é que você encontre força e sabedoria para seguir em frente. Que você descanse em paz, Tadeu. Que possa ser feliz e se divertir, como se divertia aqui, onde estiver.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A cidade fraternal

Quando decidi prestar vestibular para história na cidade de Assis já sabia o que esperar da cidade, pois já a conhecia há muito tempo, então a experiência não foi dolorosa. Mas imagino que para a grande maioria que sai de suas cidades e vem para uma longínqua cidadezinha no Centro-Oeste de São Paulo, tal experiência é muito assustadora, mas a maioria acaba se acostumando com o tempo.

Resolvi fazer esse blog porque é aqui que irei morar pelo menos até o término da faculdade. Então farei diferente de muitos que aqui habitam, falarei das coisas boas de Assis, e sim, elas existem. Pretendo fazer desse blog um guia sobre o que Assis pode oferecer de melhor para seus habitantes, restaurantes, lanchonetes, lazer, bares, cultura e várias outras dicas que irão surgir ao longo do caminho.

As pessoas acham que sou louca por gostar de Assis ou procurar ver o lado bom da cidade. Mas já que é aqui que eu moro, porque não aproveitar o melhor que a cidade tem pra me oferecer?
Nasci e morei a minha vida inteira em São Paulo, então muitas vezes as pessoas me perguntam: mas o que essa louca vê de tão legal assim em Assis? Eu amo São Paulo, com coisas que só lá posso encontrar, com infinitas possibilidades de tudo que uma pessoa precisa para se divertir, bares, restaurantes, cinemas, lojas onde é possível se achar de tudo e mais um pouco. É claro que eu sinto falta de São Paulo, um dos problemas que admito existir no interior é a falta de possibilidades (supermercados, lanchonetes, cafés 24hs? esquece, aqui não tem isso não), as limitações dos estabelecimentos, mas isso não significa que não existam coisas boas também para se aproveitar.

Na verdade o que mais aproveito em Assis é a tranquilidade. Em São Paulo tudo é demorado, trânsito e mais trânsito, pra sair de casa e ir ao centro as pessoas têm que se programar horas antes, pensar no congestionamento, na possibilidade de chuva, e ai vem as enchentes, e tudo é complicado. Para ir a Av. Paulista eu demorava mais de uma hora, as vezes duas, dependendo do trânsito, isso porque morava no Butantã, que não é tão longe do centro. Mas em Assis não. Em Assis praticamente não existem os problemas de uma grande cidade, exceto a violência, e nesse ponto a cidade se torna bem assustadora. Aqui eu saio de casa 7:45 da manhã pra entrar na aula as 8:00. Em São Paulo eu teria que sair no mínimo uma hora antes, dependendo da distância. Nesse ponto o pessoal de São Paulo morre de inveja de mim..rs. Como a cidade é praticamente plana, pelo menos no trajeto para a faculdade, a maioria dos estudantes vai de bicicleta para a aula.

Mas Assis pode ser sim uma cidade muito encantadora, se vista com outros olhos. No próximo post vou dar uma de historiadora (ainda falta um tempinho pra que isso aconteça, mas já vou mexer meus pauzinhos) e contar um pouco sobre a fundação da cidade.

Por hoje é só.
Saudações fraternais!