quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fundação e Desenvolvimento de Assis - Como tudo começou!

Em 1885, José Teodoro da Fonseca chegou a região de Assis, mais conhecida como o Sertão do Paranapanema, onde registrou o título de ocupação da área. Muitas das terras eram ocupadas pelos índios Kaigang e foram divididas e vendidas a outras pessoas, uma delas era o Capitão Francisco de Assis Nogueira, que em 1° de julho ( data de aniversário da cidade) doou oitenta alqueires de terras desmembradas da fazenda Taquaral para a construção de uma capela.

A partir daí surgiram as primeiras casas que deram início a um pequeno povoado, que em homenagem ao Capitão Franciso Nogueira de Assis e São Francisco de Assis, recebeu o nome de Assis. Mas o pequeno vilarejo só tomou um impulso no seu desenvolvimento em 1913, quando os primeiros trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana chegeram a cidade. Desde então, o pequeno povoado de economia basicamente rural se beneficiou com as atividades comercias ali empreendidas, como padarias, armazéns, serrarias, olarias, açougues e outros. Foi em 1913 que a cidade de Assis recebeu sua primeira fármacia e o primeiro médico, o Dr. José Vieira da Cunha e Silva ( daí o nome da Rua JV da Cunha e Silva).

Em 1914 chega então a Estrada de Ferro Sorocabana, grande responsável pelo desenvolvimento do povoado, que abriu caminhos para o café e fez da cidade de Assis o ponto de convergência de toda a região e base para a colonização do norte do Paraná. Assis tornou-se então ponto de referência regional do Vale do Paranapanema. Com a chegada dos imigrantes italianos, alemães e libaneses na região, Assis foi elevada a condição de município três anos depois.

Hoje o município de Assis tem 95.703 habitantes, de acordo com IBGE/2006 e é favorecido por ter uma economia diversificada, nas áreas da agricultura, comércio e prestação de serviços, e ainda desponta como grande centro educacional e tecnológico na região do Médio Paranapanema.

Abaixo fotos de Assis durante sua fundação e desenvolvimento:


Casa de Taipa




Colocação dos dormentes



Av. Rui Barbosa em 1933




Catedral em 1933


Fonte: Prefeitura de Assis

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Hoje o dia amanheceu mais triste

Prometi escrever sobre a história de Assis no post de hoje, mas não podia deixar de escrever sobre duas pessoas muito especiais na minha vida e na vida de muitas pessoas. Ontem no começo da noite faleceu Tadeu Nogueira, namorado de uma amiga muito importante de São Paulo, a Bruna (Pitty). O Tadeu tinha um linfoma não hodking difuso de grandes células B e por mais de um ano lutou bravamente para vencer o câncer, mas infelizmente ontem ele não resistiu a todo sofrimento e dor pelo qual estava passando.

Conheci a Bru na época do colégio, faz um bom tempinho já e sempre soube que seria uma pessoa especial para sempre. Um pouco depois que nos conhecemos lembro que ela começou a namorar com o Tadeu, estava feliz da vida. Era uma menina e ao lado dele amadureceu muito, se tornou uma mulher linda e forte, dedicando a sua vida a ajudá-lo.

Quando vim morar em Assis perdi um pouco de contato com a Bruna e com o Tadeu, mas eles são pessoas que estavam no meu coração sempre, pessoas alegres, divertidas, um lindo casal. Por causa da distância, acompanhava a história do Tadeu através de um blog, o Linfoma Emocional, que a Bru dedicou totalmente ao Tadeu, onde explicava mais sobre o linfoma não hodking e contava a jornada do namorado para combater o câncer.

O post de hoje será curtinnho porque estou triste e sem muitas idéias. Mas logo escreverei sobre a fundação de Assis. Queria poder estar com a Bru nesse momento tão doloroso, dar um abraço apertado. Não posso nem imaginar a dor que é perder quem se ama, mas o que posso dizer é que você encontre força e sabedoria para seguir em frente. Que você descanse em paz, Tadeu. Que possa ser feliz e se divertir, como se divertia aqui, onde estiver.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A cidade fraternal

Quando decidi prestar vestibular para história na cidade de Assis já sabia o que esperar da cidade, pois já a conhecia há muito tempo, então a experiência não foi dolorosa. Mas imagino que para a grande maioria que sai de suas cidades e vem para uma longínqua cidadezinha no Centro-Oeste de São Paulo, tal experiência é muito assustadora, mas a maioria acaba se acostumando com o tempo.

Resolvi fazer esse blog porque é aqui que irei morar pelo menos até o término da faculdade. Então farei diferente de muitos que aqui habitam, falarei das coisas boas de Assis, e sim, elas existem. Pretendo fazer desse blog um guia sobre o que Assis pode oferecer de melhor para seus habitantes, restaurantes, lanchonetes, lazer, bares, cultura e várias outras dicas que irão surgir ao longo do caminho.

As pessoas acham que sou louca por gostar de Assis ou procurar ver o lado bom da cidade. Mas já que é aqui que eu moro, porque não aproveitar o melhor que a cidade tem pra me oferecer?
Nasci e morei a minha vida inteira em São Paulo, então muitas vezes as pessoas me perguntam: mas o que essa louca vê de tão legal assim em Assis? Eu amo São Paulo, com coisas que só lá posso encontrar, com infinitas possibilidades de tudo que uma pessoa precisa para se divertir, bares, restaurantes, cinemas, lojas onde é possível se achar de tudo e mais um pouco. É claro que eu sinto falta de São Paulo, um dos problemas que admito existir no interior é a falta de possibilidades (supermercados, lanchonetes, cafés 24hs? esquece, aqui não tem isso não), as limitações dos estabelecimentos, mas isso não significa que não existam coisas boas também para se aproveitar.

Na verdade o que mais aproveito em Assis é a tranquilidade. Em São Paulo tudo é demorado, trânsito e mais trânsito, pra sair de casa e ir ao centro as pessoas têm que se programar horas antes, pensar no congestionamento, na possibilidade de chuva, e ai vem as enchentes, e tudo é complicado. Para ir a Av. Paulista eu demorava mais de uma hora, as vezes duas, dependendo do trânsito, isso porque morava no Butantã, que não é tão longe do centro. Mas em Assis não. Em Assis praticamente não existem os problemas de uma grande cidade, exceto a violência, e nesse ponto a cidade se torna bem assustadora. Aqui eu saio de casa 7:45 da manhã pra entrar na aula as 8:00. Em São Paulo eu teria que sair no mínimo uma hora antes, dependendo da distância. Nesse ponto o pessoal de São Paulo morre de inveja de mim..rs. Como a cidade é praticamente plana, pelo menos no trajeto para a faculdade, a maioria dos estudantes vai de bicicleta para a aula.

Mas Assis pode ser sim uma cidade muito encantadora, se vista com outros olhos. No próximo post vou dar uma de historiadora (ainda falta um tempinho pra que isso aconteça, mas já vou mexer meus pauzinhos) e contar um pouco sobre a fundação da cidade.

Por hoje é só.
Saudações fraternais!